sábado, 26 de julho de 2008

CLARA NUNES SANTUARIO DE FÉ


CLARA NUNES SANTUARIO DE FÉ


Vem desde o tempo da senzala
Do batuque e da cabala
O som que a todo povo embala 2x
E quanto mais o chicote estala
E o povo se encurrala
O som mais forte se propala 2x
E é o samba
E é o ponto de umbanda
E o tambor de Luanda
é o maculelê e o lundu
É o jogo do caxambu
É o cateretê, é o cõco e é o maracatu
O atabaque do caboco, o agogô de afoxé.
É a curimba do batucajé
É a capoeira e o candomblé
É a festa do Brasil mestiço, santuario da fé.
E aos sons a palavra do poeta se juntou
E nasceram as canççoes e os mais belos poemas de amor.
Os cantos de guerra e os lamentos de dor
E pro povo não desesperar
Nós não deixaremos de cantar
Pois esse é o único alento do trabalhador

Desde a senzala....
RIVALIDADE NO SAMBA
BETH CARVALHO ACUSA CLARA NUNES DE PLASMO
E ALCIONE ENTRA NA BRIGA.

Alcione estava engasgada por seis meses e resolveu desabafar tudo no programa Sem Censura que foi ao ar na última quarta-feira. "Ô Beth Carvalho, está na hora de você usar uma pulseirinha de desconfiômetro, pois não é verdade o que você declara no livro, de que a Clara se apoderou do estilo que foi criado para você. Eu estava lá, acompanhei tudo isto, e Clara já usava este visual muito antes de você", disse a cantora olhando para a câmera, numa crítica à declaração de Beth Carvalho no livro Clara Nunes, Guerreira da Utopia, de Vagner Fernandes.

"Quando coloquei isso no livro não foi para criar polêmica. Já sabia que Beth e Clara tinham divergências, e ela fala isso na entrevista", justifica o autor, que vai lançar sua obra no próximo sábado na feijoada da Portela, escola de coração de Clara.

A entrevista está na página 125 e traz Beth falando: "A estilista Zuzu Angel fez o figurino e o cabeleireiro Silvinho deu a idéia do cabelo ruivo

para mim".

A cantora prossegue contando que o desafeto entre as duas começou nos bastidores do Teatro Opinião, na década de 70. Numa noite, Clara teria chegado alterada e disparado: "Você foi falar mal de mim para a Elizabeth", referindo-se à cantora da Jovem Guarda, que havia viajado com Beth no avião.

Beth Carvalho se defendeu dizendo que era intriga da outra, mas foi o suficiente para a discussão começar. Clara acusava Beth de ter copiado até as palmas em seu disco. Beth acusava Clara de ter roubado seu estilo afro-brasileiro no figurino e cabelos ruivos.

"Depois de muito tempo as duas se respeitavam, mas nunca foram amigas. Sempre que Beth aparecia, Clara puxava o samba Verdade Aparente, de Gisa Nogueira", afirma Vagner.

Para piorar, Beth, que cantava em festivais e se consagrou com músicas como Andança, queria cantar samba. "A gravadora Odeon apostou em

Clara Nunes para cantar samba e não atendeu ao pedido de Beth", conta o autor.

A briga parece ter sido retomada por Alcione. "Ela era superamiga da Clara. A Alcione é viceral, não leva desaforo para casa", afirma a apresentadora Leda Nagle.

Em turnê por Brasília e São Paulo, Beth Carvalho não retornou as ligações para comentar a desavença.

Ex-marido diz que Clara veio antes
O estilo afro-brasileiro de Clara Nunes apareceu em seu primeiro disco, um compacto com o samba-enredo O Misticismo da África ao Brasi

l, da Império da Tijuca, do Morro da Formiga. O produtor foi Adelzon Alves, que mais tarde tornou-se marido da cantora.

"Se você ler a contracapa do primeiro disco da Clara vai ver qu

e a idéia do estilo afro-brasileiro foi minha e está lá. Ela foi inspirada na Carmem Miranda e aprovada pelo diretor da Odeon, Milton Miranda. Deu certo e é normal que todo mundo queira ser o pai de um filho bonito", afirma Edelzon. "A Beth percebeu que o estilo de Clara dava certo", acrescenta o produtor.

Para Adelzon, que foi produtor e marido de Clara Nunes durante cinco anos, a cantora foi realmente a pioneira nesse estilo. "Eu disse que só assumia o trabalho se ela tivesse uma carreira planejada. E tinha que ser uma carreira que tivesse como base a imagem afro-brasileirada Carmen Miranda", explica o produtor.



Em homenagem à cantora Clara Nunes, a gravadora EMI anunciou o lançamento de um DVD contendo 21 videoclipes gravados na década de 1970 e exibidos originalmente no programa Fantástico, da Rede Globo. Este é o primeiro lançamento oficial em DVD da cantora e lembra os 25 anos da morte de Clara Nunes. A cantora faleceu em abril de 1983.

O DVD traz clássicos como “Contos de Areia”, “Guerreira”, “Nação”, “Como é Grande e Bonita a Natureza” e “Morena de Angola”. A gravadora ainda promete lançar no segundo semestre uma reedição da caixa especial com a obra completa da cantora concentrada em oito CDs.


FOTOS DE CLARA NUNES.



Trabalhava numa fábrica quando resolveu participar do concurso A Voz de Ouro ABC, em que foi vencedora na etapa mineira e terceiro lugar na final, em São Paulo, em 1959. A partir de então conseguiu um emprego em uma rádio de Belo Horizonte e se apresentava em casas noturnas da cidade. Em 1965 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde gravou seu primeiro disco, com repertório de boleros e sambas-canções. Depois de alguns álbus ainda com gênero indefinido, firmou-se no samba nos anos 70. Em 74, seu LP vendeu cerca de 300 mil cópias, graças ao sucesso do samba "Conto de Areia" (Romildo/ Toninho). Fio um recorde para a época, que rompeu com o tabu de que cantora não vendia disco s e estimulou outras gravadoras que investissem em sambistas (mulheres) como Alcione, que gravou seu primeiro LP em 75 e Beth Carvalho, que transferiu-se para uma grande fábrica, a RCA, em 76. Os discos que se seguiram a transformaram em uma das três rainhas do samba dos anos 80, ao lado das outras duas referidas intérpretes. Clara gravou desde sambas-enredos até composições de Caymmi e Chico Buarque. Na segunda metade da década, lançou um disco por ano, todos com grandes vendas e gravações históricas, como as de "Juízo Final" (Nelson Cavaquinho/ Élcio Soares), "Coração Leviano" (Paulinho da Viola) e "Morena de Angola" (Chico Buarque). Ficou famosa também por suas canções calcadas em temas do Candomblé, sua religião, e por sua indumentária caracaterística, se mpre de branco e com colares e missangas de origem africana. Morreu prematuramente após uma cirurgia malsucedida, causando consternação popular. Outros sucessos: "Você Passa e Eu Acho Graça" (Ataulfo Alves/Carlos Imperial), "Ê Baiana", "Ilu Ayê - Terra da Vida", "Tristeza, Pé no Chão" (Armando Gonçalves Mamâo), "A Deusa dos Orixás", "Macunaíma", "O Mar Serenou" (Candeia), "As Forças da Natureza" (João Nogueira/ Paulo César Pinheiro), "Guerreira", "Feira de Mangaio" (Sivuca/ Glorinha Gadelha), "Portela na Avenida" (Mauro Duarte/ Paulo César Pinheiro), "Nação" (João Bosco/ Aldir Blanc)

A VOZ ADORAVEL DE CLARA NUNES
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VC PASSA E EU ACHO GRAÇA


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A BELEZA QUE CANTA
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De esquina em esquina
Participação: Quarteto 004
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Espuma congelada
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Meus tempos de criança
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Gente boa
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Graças a Deus
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Guerreiro de Oxalá
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Casinha pequenina
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Foi ele
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Até voltar
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Felicidade
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Hora de chegar
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A estrela e o astronauta
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Sinceramente
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Dadá Maria
Participação: Silvio César
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O vento e a rosa
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Pela última vez



CLARA NUNES
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CLARA CLARIDADE CLARA
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• Vendedor de caranguejo (Gordurinha)
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CLARA EM BRASILIA

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BRASILEIRO, PROFIÇÃO, ESPERANÇA

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ALVORECER

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CLARIDADE

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CANTO DAS TRÊS RAÇAS

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Participação: Clementina de Jesus


AS FORÇAS DA NATUREZA

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Participação: Clementina de Jesus
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GUERREIRA

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Participação: Adoniran Barbosa


ESPERANÇA

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Participação: João do Vale


BRASIL MESTIÇO, SANTUARIO DE FÉ

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Participação: Roberto Ribeiro


CLARA

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Participação: Velha Guarda da Portela
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Participação: Conjunto Nosso Samba; Interpretação: Silvinho do Pandeiro


NAÇÃO
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Participação: João Nogueira




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